Elegia I, 1

Jonathan Faustino de Jesus / Propércio - TCC
  • Created on 2024-10-08 19:25:32
  • Modified on 2024-10-08 20:56:35
  • Translated by Jonathan Faustino de Jesus
  • Aligned by Jonathan Faustino de Jesus
Tradução da Elegia I, 1 de Propércio
Latin
Latin
https://www.perseus.tufts.edu/hopper/text?doc=Perseus%3atext%3a1999.02.0066
Cynthia prima suis miserum me cepit ocellis ,
contactum nullis ante cupidinibus .
tum mihi constantis deiecit lumina fastus
et caput impositis pressit Amor pedibus ,
donec me docuit castas odisse puellas
improbus , et nullo vivere consilio .
ei mihi , iam toto furor hic non deficit anno ,
cum tamen adversos cogor habere deos .
Milanion nullos fugiendo , Tulle , labores
saevitiam durae contudit Iasidos .
nam modo Partheniis amens errabat in antris ,
rursus in hirsutas ibat et ille feras ;
ille etiam Hylaei percussus vulnere rami
saucius Arcadiis rupibus ingemuit .
ergo velocem potuit domuisse puellam :
tantum in amore fides et benefacta valent .
in me tardus Amor non ullas cogitat artes ,
nec meminit notas , ut prius , ire vias .
at vos , deductae quibus est pellacia lunae
et labor in magicis sacra piare focis ,
en agedum dominae mentem convertite nostrae ,
et facite illa meo palleat ore magis !
tunc ego crediderim Manes et sidera vobis
posse Cytinaeis ducere carminibus .
aut vos , qui sero lapsum revocatis , amici ,
quaerite non sani pectoris auxilia .
fortiter et ferrum saevos patiemur et ignes ,
sit modo libertas quae velit ira loqui .
ferte per extremas gentes et ferte per undas ,
qua non ulla meum femina norit iter .
vos remanete , quibus facili deus annuit aure ,
sitis et in tuto semper amore pares .
nam me nostra Venus noctes exercet amaras ,
et nullo vacuus tempore defit Amor .
hoc , moneo , vitate malum : sua quemque moretur
cura , neque assueto mutet amore torum .
quod si quis monitis tardas adverterit aures ,
heu referet quanto verba dolore mea !
Cíntia , a primeira , aprisionou-me mísero com seus olhinhos ,
Ante o contato com nulos desejos .
Então a mim abateu os olhos de soberba constante
E o mandante Amor pressionou com pés impostos ,
Até que ensinou-me a odiar as moças castas ,
O ímprobo , e a sobreviver em nulo desígnio .
Ai de mim , ainda agora esse furor não se desfez no ano inteiro ,
Como sou coagido também a ter os deuses adversos .
Milânion , para fugir dos nulos trabalhos , ó Tulo ,
Contundiu a severidade da dura Iáside .
Pois quando sem mente errava em antros Partênios ,
E , inversamente , ele fugia de feras hirsutas ;
Até que então ele foi ferido pelo golpe do braço de Hileu ,
Machucado gemeu nas rochas Árcades .
Portanto , pôde domar a veloz mulher :
No amor , tanto valem as juras quanto os feitos .
Em mim , um tardo Amor não cogita artes algumas ,
Nem se lembra de ir às vias notadas , que antes .
Por outro lado , vós , as quais o embuste devora as fases da lua ,
E o trabalho de espiar os sacrifícios em piras mágicas ,
Eia , vamos , converteis a mente de nossa dona ,
E façais que ela empalideça mais com meu rosto !
Então , tivera eu confiado nos Manes e nos astros , para vós
Poder conduzir as fórmulas citinéias .
Ou então vós , amigos , que reviveis o lapso no cair da noite ,
Não busqueis os auxílios de um peito são .
Suportaremos , com ardor , arrebatados , tanto o ferro quanto o fogo ,
Ainda que haja a liberdade de falar o que a ira queira .
Conduzi-me por extremas gentes e conduzi-me por ondas ,
A qual mulher alguma não tenha sabido meu itinerário .
Vós continuai , aos quais facilmente o deus anuiu pelo ouvido .
Sede sempre pares em tudo e no amor .
Pois nossa Vênus exerce sobre mim noites amargas ,
E o vazio Amor faz falta no tempo nulo .
Disso tudo , penso , evitai o mal : que o interesse retenha
Cada um , que nem mova o colchão no costumeiro amor .
Porque se alguém tivesse advertido tardos ouvidos com avisos ,
Ah , quanto revolverá minhas palavras com dor !

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