Anise D’Orange Ferreira / e-Science / LTR-Tragédia
Sao Paulo State University (UNESP)- School of Humanities and Sciences at Araraquara
repassando o diretório
Soph. Electra, 1202-1226
Anise D’Orange Ferreira / e-Science / LTR-Tragédia
- Created on 2022-01-25 14:10:21
- Modified on 2023-06-07 17:35:11
- Translated by Rocha, R. e Vieira, T.
- Aligned by Anise D’Orange Ferreira
Ἑλληνική
Português
Português
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urn:cts:greekLit:tlg0011.tlg005.vieira:1202-1227
Ἠλέκτρα
οὐ δή ποθʼ ἡμῖν ξυγγενὴς ἥκεις ποθέν ;
Ὀρέστης
ἐγὼ φράσαιμʼ ἄν , εἰ τὸ τῶνδʼ εὔνουν πάρα .
Ἠλέκτρα
ἀλλʼ ἐστὶν εὔνουν , ὥστε πρὸς πιστὰς ἐρεῖς .
Ὀρέστης
μέθες τόδʼ ἄγγος νῦν , ὅπως τὸ πᾶν μάθῃς .
Ἠλέκτρα
μὴ δῆτα πρὸς θεῶν τοῦτό μʼ ἐργάσῃ , ξένε .
Ὀρέστης
πείθου λέγοντι κοὐχ ἁμαρτήσει ποτέ .
Ἠλέκτρα
μή , πρὸς γενείου , μὴ ʼξέλῃ τὰ φίλτατα .
Ὀρέστης
οὔ φημʼ ἐάσειν .
Ἠλέκτρα
ὦ τάλαινʼ ἐγὼ σέθεν ,
Ὀρέστα , τῆς σῆς εἰ στερήσομαι ταφῆς .
Ὀρέστης
εὔφημα φώνει · πρὸς δίκης γὰρ οὐ στένεις .
Ἠλέκτρα
πῶς τὸν θανόντʼ ἀδελφὸν οὐ δίκῃ στένω ;
Ὀρέστης
οὔ σοι προσήκει τήνδε προσφωνεῖν φάτιν .
Ἠλέκτρα
οὕτως ἄτιμός εἰμι τοῦ τεθνηκότος ;
Ὀρέστης
ἄτιμος οὐδενὸς σύ · τοῦτο δʼ οὐχὶ σόν .
Ἠλέκτρα
εἴπερ γʼ Ὀρέστου σῶμα βαστάζω τόδε ;
Ὀρέστης
ἀλλʼ οὐκ Ὀρέστου , πλὴν λόγῳ γʼ ἠσκημένον .
Ἠλέκτρα
ποῦ δʼ ἔστʼ ἐκείνου τοῦ ταλαιπώρου τάφος ;
Ὀρέστης
οὐκ ἔστι · τοῦ γὰρ ζῶντος οὐκ ἔστιν τάφος .
Ἠλέκτρα
πῶς εἶπας , ὦ παῖ ;
Ὀρέστης
ψεῦδος οὐδὲν ὧν λέγω .
Ἠλέκτρα
ἦ ζῇ γὰρ ἁνήρ ;
Ὀρέστης
εἴπερ ἔμψυχός γʼ ἐγώ .
Ἠλέκτρα
ἦ γὰρ σὺ κεῖνος ;
Ὀρέστης
τήνδε προσβλέψασά μου
σφραγῖδα πατρὸς ἔκμαθʼ εἰ σαφῆ λέγω .
Ἠλέκτρα
ὦ φίλτατον φῶς .
Ὀρέστης
φίλτατον , συμμαρτυρῶ .
Ἠλέκτρα
ὦ φθέγμʼ , ἀφίκου ;
Ὀρέστης
μηκέτʼ ἄλλοθεν πύθῃ ,
Ἠλέκτρα
ἔχω σε χερσίν ;
Ὀρέστης
ὡς τὰ λοίπʼ ἔχοις ἀεί .
οὐ δή ποθʼ ἡμῖν ξυγγενὴς ἥκεις ποθέν ;
Ὀρέστης
ἐγὼ φράσαιμʼ ἄν , εἰ τὸ τῶνδʼ εὔνουν πάρα .
Ἠλέκτρα
ἀλλʼ ἐστὶν εὔνουν , ὥστε πρὸς πιστὰς ἐρεῖς .
Ὀρέστης
μέθες τόδʼ ἄγγος νῦν , ὅπως τὸ πᾶν μάθῃς .
Ἠλέκτρα
μὴ δῆτα πρὸς θεῶν τοῦτό μʼ ἐργάσῃ , ξένε .
Ὀρέστης
πείθου λέγοντι κοὐχ ἁμαρτήσει ποτέ .
Ἠλέκτρα
μή , πρὸς γενείου , μὴ ʼξέλῃ τὰ φίλτατα .
Ὀρέστης
οὔ φημʼ ἐάσειν .
Ἠλέκτρα
ὦ τάλαινʼ ἐγὼ σέθεν ,
Ὀρέστα , τῆς σῆς εἰ στερήσομαι ταφῆς .
Ὀρέστης
εὔφημα φώνει · πρὸς δίκης γὰρ οὐ στένεις .
Ἠλέκτρα
πῶς τὸν θανόντʼ ἀδελφὸν οὐ δίκῃ στένω ;
Ὀρέστης
οὔ σοι προσήκει τήνδε προσφωνεῖν φάτιν .
Ἠλέκτρα
οὕτως ἄτιμός εἰμι τοῦ τεθνηκότος ;
Ὀρέστης
ἄτιμος οὐδενὸς σύ · τοῦτο δʼ οὐχὶ σόν .
Ἠλέκτρα
εἴπερ γʼ Ὀρέστου σῶμα βαστάζω τόδε ;
Ὀρέστης
ἀλλʼ οὐκ Ὀρέστου , πλὴν λόγῳ γʼ ἠσκημένον .
Ἠλέκτρα
ποῦ δʼ ἔστʼ ἐκείνου τοῦ ταλαιπώρου τάφος ;
Ὀρέστης
οὐκ ἔστι · τοῦ γὰρ ζῶντος οὐκ ἔστιν τάφος .
Ἠλέκτρα
πῶς εἶπας , ὦ παῖ ;
Ὀρέστης
ψεῦδος οὐδὲν ὧν λέγω .
Ἠλέκτρα
ἦ ζῇ γὰρ ἁνήρ ;
Ὀρέστης
εἴπερ ἔμψυχός γʼ ἐγώ .
Ἠλέκτρα
ἦ γὰρ σὺ κεῖνος ;
Ὀρέστης
τήνδε προσβλέψασά μου
σφραγῖδα πατρὸς ἔκμαθʼ εἰ σαφῆ λέγω .
Ἠλέκτρα
ὦ φίλτατον φῶς .
Ὀρέστης
φίλτατον , συμμαρτυρῶ .
Ἠλέκτρα
ὦ φθέγμʼ , ἀφίκου ;
Ὀρέστης
μηκέτʼ ἄλλοθεν πύθῃ ,
Ἠλέκτρα
ἔχω σε χερσίν ;
Ὀρέστης
ὡς τὰ λοίπʼ ἔχοις ἀεί .
[ ELECTRA ] Por acaso és um nosso parente que chega de onde ?
[ ORESTES ] Eu explicaria , se este momento fosse propício .
[ ELECTRA ] Mas é propício , de modo que falarás para mulheres confiáveis .
[ ORESTES ] Solta este vaso agora , para que saibas tudo . 1205
[ ELECTRA ] Não me faças isso , pelos deuses , estrangeiro .
[ ORESTES ] Confia em quem fala e não errarás nunca .
[ ELECTRA ] Não , pela tua barba , não me tires o que me é mais querido .
[ ORESTES ] Não posso permitir .
[ ELECTRA ] Ó infeliz eu por ti ,
Orestes , se te deixar privado de um túmulo . 1210
[ ORESTES ] Dize um auspício , pois não te lamentas de modo justo .
[ ELECTRA ] Como não lamento de modo justo meu irmão morto ?
[ ORESTES ] A ti não cabe pronunciar essas palavras .
[ ELECTRA ] Sou tão indigna assim daquele que está morto ?
[ ORESTES ] Indigna de ninguém és tu : isso não é teu . 1215
[ ELECTRA ] Mas , na verdade , este que seguro não é o corpo de Orestes ?
[ ORESTES ] Não é de Orestes , exceto que em palavra forjado .
[ ELECTRA ] Onde está o túmulo daquele sofredor .
[ ORESTES ] Não existe , pois não há túmulo de quem está vivo .
[ ELECTRA ] Como disseste , ó rapaz ? 1220
[ ORESTES ] Nada do que digo é falso .
[ ELECTRA ] Então ele está vivo ?
[ ORESTES ] Se eu com certeza estou respirando .
[ ELECTRA ] Então tu és ele ?
[ ORESTES ] Olha este selo do meu pai e examina se falo claramente .
[ ELECTRA ] Ó luz caríssima .
[ ORESTES ] Caríssima , sim , eu confirmo .
[ ELECTRA ] Ó voz , vieste ? 1225
[ ORESTES ] Não a ouvirás de outra pessoa .
[ ELECTRA ] Tenho - te entre as mãos ?
[ ORESTES ] Que no futuro me tenhas sempre .
[ ORESTES ] Eu explicaria , se este momento fosse propício .
[ ELECTRA ] Mas é propício , de modo que falarás para mulheres confiáveis .
[ ORESTES ] Solta este vaso agora , para que saibas tudo . 1205
[ ELECTRA ] Não me faças isso , pelos deuses , estrangeiro .
[ ORESTES ] Confia em quem fala e não errarás nunca .
[ ELECTRA ] Não , pela tua barba , não me tires o que me é mais querido .
[ ORESTES ] Não posso permitir .
[ ELECTRA ] Ó infeliz eu por ti ,
Orestes , se te deixar privado de um túmulo . 1210
[ ORESTES ] Dize um auspício , pois não te lamentas de modo justo .
[ ELECTRA ] Como não lamento de modo justo meu irmão morto ?
[ ORESTES ] A ti não cabe pronunciar essas palavras .
[ ELECTRA ] Sou tão indigna assim daquele que está morto ?
[ ORESTES ] Indigna de ninguém és tu : isso não é teu . 1215
[ ELECTRA ] Mas , na verdade , este que seguro não é o corpo de Orestes ?
[ ORESTES ] Não é de Orestes , exceto que em palavra forjado .
[ ELECTRA ] Onde está o túmulo daquele sofredor .
[ ORESTES ] Não existe , pois não há túmulo de quem está vivo .
[ ELECTRA ] Como disseste , ó rapaz ? 1220
[ ORESTES ] Nada do que digo é falso .
[ ELECTRA ] Então ele está vivo ?
[ ORESTES ] Se eu com certeza estou respirando .
[ ELECTRA ] Então tu és ele ?
[ ORESTES ] Olha este selo do meu pai e examina se falo claramente .
[ ELECTRA ] Ó luz caríssima .
[ ORESTES ] Caríssima , sim , eu confirmo .
[ ELECTRA ] Ó voz , vieste ? 1225
[ ORESTES ] Não a ouvirás de outra pessoa .
[ ELECTRA ] Tenho - te entre as mãos ?
[ ORESTES ] Que no futuro me tenhas sempre .
[ Electra ] És por acaso algum parente antigo ?
[ Orestes ] Responderei , confiando em quem nos ouve .
[ Electra ] Fica tranquilo , cercam -nos amigas .
[ Orestes ] Depõe no chão a urna e saberás !
[ Electra ] Não , pelos deuses , não me obrigues a isso !
[ Orestes ] Acertas , se aceitares o que peço .
[ Electra ] Não me tires o prêmio que mais prezo !
[ Orestes ] Eu não permitirei .
[ Electra ] Ó que infelicidade , se não deixarem que eu te enterre , Orestes !
[ Orestes ] Não insistas , Pões fim à tua nênia !
[ Electra ] Pôr fim ? Mas como , se morreu Orestes ?
[ Orestes ] É inadequado o emprego desse tom .
[ Electra ] Estarei tão aquém de quem morreu ?
[ Orestes ] Contigo a urna não se coaduna .
[ Electra ] Como não , se nas mãos tenho o irmão ?
[ Orestes ] Esse Orestes não passa de invenção .
[ Electra ] Mas onde o infeliz foi sepultado ?
[ Orestes ] Não foi : quem vive não possui jazigo .
[ Electra ] Como disseste , jovem ?
[ Orestes ] Nenhuma inverdade .
[ Electra ] Então , ele está vivo ?
[ Orestes ] Se houver alendto que me anime a ânima !
[ Electra ] Estou na frente dele ?
[ Orestes ] Repara neste anel de nosso pai e diz se estou brincando
[ Electra ] Ó luz que mais seduz
[ Orestes ] Sim . Ó luz !
[ Electra ] Ó voz que afagas , retornaste ?
[ Orestes ] Não indagues por outro !
[ Electra ] Enlaço - te em meus braços
[ Orestes ] Enquanto ambos vivermos !
[ Orestes ] Responderei , confiando em quem nos ouve .
[ Electra ] Fica tranquilo , cercam -nos amigas .
[ Orestes ] Depõe no chão a urna e saberás !
[ Electra ] Não , pelos deuses , não me obrigues a isso !
[ Orestes ] Acertas , se aceitares o que peço .
[ Electra ] Não me tires o prêmio que mais prezo !
[ Orestes ] Eu não permitirei .
[ Electra ] Ó que infelicidade , se não deixarem que eu te enterre , Orestes !
[ Orestes ] Não insistas , Pões fim à tua nênia !
[ Electra ] Pôr fim ? Mas como , se morreu Orestes ?
[ Orestes ] É inadequado o emprego desse tom .
[ Electra ] Estarei tão aquém de quem morreu ?
[ Orestes ] Contigo a urna não se coaduna .
[ Electra ] Como não , se nas mãos tenho o irmão ?
[ Orestes ] Esse Orestes não passa de invenção .
[ Electra ] Mas onde o infeliz foi sepultado ?
[ Orestes ] Não foi : quem vive não possui jazigo .
[ Electra ] Como disseste , jovem ?
[ Orestes ] Nenhuma inverdade .
[ Electra ] Então , ele está vivo ?
[ Orestes ] Se houver alendto que me anime a ânima !
[ Electra ] Estou na frente dele ?
[ Orestes ] Repara neste anel de nosso pai e diz se estou brincando
[ Electra ] Ó luz que mais seduz
[ Orestes ] Sim . Ó luz !
[ Electra ] Ó voz que afagas , retornaste ?
[ Orestes ] Não indagues por outro !
[ Electra ] Enlaço - te em meus braços
[ Orestes ] Enquanto ambos vivermos !
Aesch.Pr. 115-127
Anise D’Orange Ferreira / e-Science / LTR-Tragédia
- Created on 2022-01-25 15:17:01
- Modified on 2023-06-07 17:36:51
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Ἑλληνική Transliterate
Português
urn:cts:greekLit:tlg0085.tlg003.opp-grc3:115-127
urn:cts:greekLit:tlg0085.tlg003.torrano:115-127
[ Προμηθεύς ]
[ . . . ]
τίς ἀχώ , τίς ὀδμὰ προσέπτα μʼ ἀφεγγής ,
θεόσυτος , ἢ βρότειος , ἢ κεκραμένη ;
ἵκετο τερμόνιον ἐπὶ πάγον
πόνων ἐμῶν θεωρός , ἢ τί δὴ θέλων ;
ὁρᾶτε δεσμώτην με δύσποτμον θεόν
τὸν Διὸς ἐχθρόν , τὸν πᾶσι θεοῖς
διʼ ἀπεχθείας ἐλθόνθʼ ὁπόσοι
τὴν Διὸς αὐλὴν εἰσοιχνεῦσιν ,
διὰ τὴν λίαν φιλότητα βροτῶν .
φεῦ φεῦ , τί ποτʼ αὖ κινάθισμα κλύω
πέλας οἰωνῶν ; αἰθὴρ δʼ ἐλαφραῖς
πτερύγων ῥιπαῖς ὑποσυρίζει .
πᾶν μοι φοβερὸν τὸ προσέρπον .
[ . . . ]
τίς ἀχώ , τίς ὀδμὰ προσέπτα μʼ ἀφεγγής ,
θεόσυτος , ἢ βρότειος , ἢ κεκραμένη ;
ἵκετο τερμόνιον ἐπὶ πάγον
πόνων ἐμῶν θεωρός , ἢ τί δὴ θέλων ;
ὁρᾶτε δεσμώτην με δύσποτμον θεόν
τὸν Διὸς ἐχθρόν , τὸν πᾶσι θεοῖς
διʼ ἀπεχθείας ἐλθόνθʼ ὁπόσοι
τὴν Διὸς αὐλὴν εἰσοιχνεῦσιν ,
διὰ τὴν λίαν φιλότητα βροτῶν .
φεῦ φεῦ , τί ποτʼ αὖ κινάθισμα κλύω
πέλας οἰωνῶν ; αἰθὴρ δʼ ἐλαφραῖς
πτερύγων ῥιπαῖς ὑποσυρίζει .
πᾶν μοι φοβερὸν τὸ προσέρπον .
[
Prometeu
]
[ . . . ]
Que eco , que odor voa para mim , invisível ?
De Deus ou de mortal ou da mescla ,
vem ao penhasco extremo ?
Visita à minhas dores , ou quer o quê ?
Vede - me : cadeeiro desditoso Deus
inimigo de Zeus , a perpassar
a inimizade de todos os Deuse
que palmilham o palácio de Zeus
por demasiada amizade aos mortais .
Pheû pheû ! Que estrápito de pássaros
ouço próximo ? O céu ressoa
com leves frêmitos de asas :
o vindouro me é todo terrível .
[ . . . ]
Que eco , que odor voa para mim , invisível ?
De Deus ou de mortal ou da mescla ,
vem ao penhasco extremo ?
Visita à minhas dores , ou quer o quê ?
Vede - me : cadeeiro desditoso Deus
inimigo de Zeus , a perpassar
a inimizade de todos os Deuse
que palmilham o palácio de Zeus
por demasiada amizade aos mortais .
Pheû pheû ! Que estrápito de pássaros
ouço próximo ? O céu ressoa
com leves frêmitos de asas :
o vindouro me é todo terrível .